Conheça o funcionamento de cada projeto

Domus
O Domus surgiu a partir da constatação da falta de qualidade e segurança das casas no Capão das Antas, comunidade na qual a grande maioria das moradias é feita irregularmente, pois, devido à baixa disponibilidade de materiais e recursos para construção, as casas não são revestidas ou acabadas e, portanto, o espaço interno permanece desprotegido, com frestas que não isolam a moradia de mudanças climáticas e animais, como insetos, aranhas e escorpiões.
Como impacto, o projeto visa promover uma melhor qualidade de vida, conforto e segurança a famílias que moram em condições precárias, através do revestimento de casas reutilizando embalagens de caixa de leite. O Domus também entrou no mercado de produtos sustentáveis com a produção de bolsas térmicas, aproveitando as propriedades da caixinha de leite para gerar renda extra a ser reinvestida no próprio projeto.
Mirus
O Mirus nasceu em 2022 com a Cooperativa Acácia de Catadores, que, partindo da problemática de que mais de 90% do total de resíduos gerados não eram reciclados, vivenciava um cenário de descarte de muitos materiais que não eram reaproveitados pelo mercado, mesmo que fossem separados. Em meio a esses resíduos existe a PET leitosa, garrafas de leite multicamada produzidas em massa e antes taxadas como não recicláveis, foram identificadas pelo projeto como resíduos possíveis de serem reciclados pela cooperativa.
Como impacto, o projeto busca empoderar economicamente cooperativas de catadores ao agregar maior valor aos resíduos plásticos coletados e triados pela cooperativa. A proposta envolve a reciclagem desses plásticos utilizando máquinas de baixo custo, permitindo a produção e venda de novos produtos, aumentando a rentabilidade da cooperativa e consequentemente dos cooperados.


Iguatu
O Iguatu nasceu da necessidade observada dentro do assentamento Capão das Antas, em São Carlos, em relação à falta de saneamento básico no local. Foi observado que apenas 5% dos efluentes domésticos da comunidade eram tratados em fossas com vedação, e somado ao fato de que a principal fonte de renda dos moradores do local é proveniente da agricultura, identificou-se a oportunidade de agir para melhorar a qualidade de vida dessa população
Em 2024, o projeto começou a impactar através da construção de uma fossa séptica biodigestora no modelo da Embrapa através da ação em dias de campo, no qual membros do time e moradores locais trabalharam juntos na montagem do sistema. Atualmente, o projeto busca estruturar um modelo de negócio viável no longo prazo e, em paralelo, garantir a conscientização da população acerca dos benefícios que essas tecnologias podem trazer para as comunidades, conferindo ao Iguatu um caráter de conscientização ambiental.
Projetos Encerrados
Geração Helena (2013 – 2017)
O projeto Geração Helena atuou em parceria com 14 famílias do Assentamento Santa Helena, situado na zona rural de São Carlos. Uma parcela significativa da comunidade dependia da agricultura como fonte de sustento, mas enfrentava desafios como solo empobrecido, escassez de água, falta de acesso a serviços de saúde e dificuldades no escoamento da produção. Com o objetivo de melhorar as condições de vida e trabalho, o projeto focou em oferecer infraestrutura essencial, como: a instalação de caixas d’água, jardins filtrantes, cloradores, além de serviços odontológicos e aprimoramento no planejamento da produção agrícola. Além disso, posteriormente, foi desenvolvido um modelo de negócios para resolver as questões relacionadas às vendas dos produtos, resultando na criação da Rede Agroecológica Santa Helena, que passou a realizar entregas semanais de cestas com produtos orgânicos.
O projeto teve um grande impacto no Assentamento Santa Helena, inicialmente melhorando a infraestrutura da comunidade e aumentando a capacidade produtiva das hortas. Com o crescimento da produção, a Rede Agroecológica Santa Helena facilitou o escoamento dos produtos através de entregas semanais, proporcionando uma fonte de renda mais estável para os assentados. Assim, os principais resultados foram a melhoria da qualidade de vida e o fortalecimento econômico da comunidade.
Colégio das ideias (2014 – ?)
O projeto Colégio das ideias visa ensinar conceitos e desenvolver habilidades empreendedoras a alunos do Ensino Médio, funcionários e professores do Colégio CAASO, que faz parte do Centro Acadêmico Armando de Salles Oliveira.
O projeto buscou impactar a comunidade escolar em três áreas: social, econômica e ambiental. Na esfera econômica, o foco foi aumentar o número de alunos e aprimorar as habilidades financeiras. No aspecto social, visou promover a conscientização sobre o ambiente escolar, capacitar alunos e funcionários, fomentar o desenvolvimento social e incentivar a troca de conhecimentos. Já no viés ambiental, o projeto promoveu a conscientização sobre práticas sustentáveis e o reaproveitamento de resíduos.
Madre Chef (2015 – 2018)
O projeto Madre Chef focou no empoderamento feminino, auxiliando mulheres em situação de marginalização a conquistar independência econômica por meio de um empreendimento social. A iniciativa consolidou um negócio culinário que, além de aumentar a autoestima e a renda das participantes, tem um compromisso com a sustentabilidade ambiental.
Como impacto, obteve-se o empoderamento das mulheres envolvidas, marcado pelo aumento dos pontos de venda das marcas de produtos alimentícios; a melhora significativa da renda familiar e da autoestima dessas mulheres e; no quesito ambiental, a utilização de embalagens sustentáveis e seu descarte correto.
Mulheres à obra (2016 – 2018)
O projeto Mulheres à Obra teve como objetivo a formação de um empreendimento coletivo de mulheres na área da construção civil e de pequenos reparos. Essas mulheres foram capacitadas por meio do oferecimento de cursos técnicos, para que assim pudessem realizar atividades em obra, principalmente aqueles que requerem maior especificidade e atenção.
Dessa forma, o impacto do projeto foi a capacitação e o treinamento de mulheres na construção civil, além da formalização de um negócio coletivo nesse setor. Foi estabelecida uma parceria com um mestre de obra, permitindo que as participantes acompanhassem os serviços e realizassem tarefas práticas, recebendo uma porcentagem pelos trabalhos executados. Adicionalmente, o projeto firmou uma parceria com uma grande imobiliária de São Carlos, que auxiliou na divulgação dos cartões de visita das mulheres, ampliando sua visibilidade e oportunidades de trabalho.
Próximo passo (2015 – 2017)
O projeto Próximo-Passo visou criar um desafio que estimulasse a criatividade e desenvolvesse a consciência social e ambiental de alunos do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino. A ideia foi lançar um desafio abordando um problema interno da escola e deixar com que os alunos criem uma abordagem para a solução do problema, partindo desde a idealização de soluções, até a sua implementação.
O projeto, inicialmente realizado na Escola Estadual Jesuíno de Arruda (São Carlos – SP), gerou como impacto a criação de um modelo replicável para outras escolas em nível nacional. No âmbito do projeto, o desafio foi expandido para outras três escolas da região, promovendo o desenvolvimento do potencial dos alunos além dos métodos de ensino tradicionais. O objetivo foi ajudar os jovens a perceberem que são protagonistas de seus próprios destinos, demonstrando que seus projetos de vida são viáveis e alcançáveis.
Melius (2017 – 2018)
O projeto Melius tinha como objetivo a melhoria na qualidade de vida dos moradores de da Ocupação em Busca de um Sonho, em um bairro periférico na cidade de São Carlos, garantindo acesso a direitos básicos como: renda, alimentação, educação e moradia sustentável. Com isso posto, foram realizadas frentes de ação, como os modelos de negócios desenvolvidos e aulas de nivelamento para melhor preparação frente ao mercado de trabalho, bem como em ações pontuais a fim de cobrir o máximo de carências observadas ao longo do contato com a comunidade.
Como impacto, obteve-se a criação do modelo de negócio da ‘Marcenaria Novo Sonho’ e a ‘Tecendo Sonhos’. Além disso, houve o desenvolvimento e estímulo de habilidades que foram apresentadas pela comunidade, mas por falta de oportunidades, não foram concretizadas. Assim, o projeto veio como uma ponte entre a vontade e a ação.
Dulocal (2018 – 2019)
O projeto Dulocal teve como objetivo gerar valor para os três elos da cadeia: a produção, a preparação e a venda. Portanto, os ingredientes vinham direto da horta orgânica de pequenos agricultores locais e os pratos eram realizados conforme a disponibilidade dos alimentos. As cozinheiras são empreendedoras de comunidades carentes, treinadas pelo projeto a fim de garantir a qualidade dos produtos entregues.
Como impacto principal, temos a continuação do projeto pela comunidade, baseado nos valores de impacto social positivo e do valor de todo o processo da cadeia de produção. Para conferir como a empresa está hoje em dia, confira o instagram @dulocal.
Kairós (2019 – 2023)
O projeto Kairós foi realizado junto aos moradores do Acampamento Capão das Antas, localizado na zona rural de São Carlos. Teve como foco principal desenvolver ações que garantam o aumento da renda de seus moradores e de promover maior qualidade de vida para a comunidade.
Como impacto, atuou na melhoria dos sistemas de produção, na gestão e no escoamento dos produtos provenientes da agricultura sustentável local, através da aplicação de tecnologias e ferramentas organizacionais tanto nos campos quanto fora deles. Por meio de um modelo de negócio de cestas semanais com entrega em domicílio criado em conjunto com a comunidade, os agricultores têm mais controle sobre a colheita e o sobre que é vendido na a semana.
Pontapé (2019 – 2022)
O projeto Pontapé teve sua origem no Centro da Juventude Elaine Viviane (CJ), local onde ocorrem aulas de cursos profissionalizantes ministradas pelo Fundo Social. Através do contato com as alunas dos cursos, enxergamos pessoas com grande potencial, contudo, com pouco conhecimento sobre como se inserirem no mercado de trabalho ou começarem seus próprios negócios.
Com o objetivo de suprir essa necessidade surgiu o Pontapé, um curso de empreendedorismo que visa, por meio de 8 módulos, fornecer a seus alunos todos os conceitos essenciais sobre como montar um negócio de uma forma prática, simples e aplicável. Dessa maneira, o impacto do projeto foi de empoderar as pessoas e ajudá-las a transformar habilidades pessoais e profissionais em fonte de renda
Athena (2019 – 2021)
O projeto Athena teve como objetivo impactar, na área da educação, as crianças da ONG Amigos de São Judas, que atua na Casa da Infância Estrela da Manhã, localizada na periferia de São Carlos. Nesse sentido, com o projeto já estruturado, o escopo inicial era, através de uma parceria com a UFSCar, lecionar aulas de alfabetização e letramento para as crianças que frequentam essa ONG, e se encontram defasadas em relação à essas áreas, por meio de uma metodologia inovadora e com voluntários capacitados.
Por conta da pandemia, o escopo do projeto foi redefinido e consistiu em, através de materiais desenvolvidos pelos membros do time, contendo atividades lúdicas que prendem o interesse das crianças e utilizem suas próprias realidades, auxiliar no ensino, em diversas áreas da educação, de modo que o impacto se resumiu em sanar a defasagem criada pela pandemia na comunidade Capão das Antas.
